domingo, 30 de novembro de 2008

Baladinha brasileira na hora do café


Tiraram alguns dos meus vídeos preferidos do youtube! Enquanto alguns oferecem-se sem medo ao mundo, outros recolhem-se e empodeiram-se...E eu sigo, capuccino e Frejat em manhã fria em Lisboa...Aproveito a deixa para dizer que tenho escutado com frequência músicas brasileiras. Toquinho no metrô, Vanessa da Mata em lojas, Latino em restaurantes, sim...Latino...

sábado, 29 de novembro de 2008

Aracine!

Tipo uma almôndega só que leva arroz, polpa de tomate, azeite,cebola, ervilha, carne refogadinha...no centro grande suspresa...um pouquinho de ricota para derreter quando estiver quente...Faz-se bolinhas, cobre-se com farinha de rosca e chiiiiiiiiiii (frita-se!). Receita do Luigi...Se eu voltar magra será um milagre! Por favor, se a escrita estiver errada, ou algum ingrediente in-dis-pen-sá-vel foi esquecido...corrija-me! Receita italiana, em Lisboa. Lar cosmopolita! Prato para o jantar, já que sair com chuva e frio de 3 graus celsius (bablabla) ninguém encara!

Lição simples....



Quatro pares por oito euros,

cuidadosamente lacrados.

Por fora "bela viola"...

por dentro "pão bolorento"!

Olha quanta linha sobrando,

coisa feia meu Deus!

Pele

Está frio, chovendo fininho, o sol brincando de esconder atrás de antipáticas nuvens. Acordei cedo, ainda não fiz o pilates. Mas pintei o cabelo, tomei um belo banho, domei a franja. Dei uma geral no quarto. Teclo de luvas vermelhas, Ruth! Vermelhas! No banho fiquei a pensar, como é fácil de entendermos porque temos mais intimidade com o corpo no Brasil. Só vejo meu corpo na hora do banho! No restante do tempo, ando toda coberta, exposta só a pele da face e ás vezes, quando não estou usando luvas como agora, a pele das mãos. Vejo juntas avermelhadas, pobres mãos! No Brasil, é o ombro que surge em uma camiseta, as pernas á mostra enquanto ando de bicicleta, umbigos, joelhos, costas...Mas isso dos corpos estarem sempre cobertos tem implicações. Desde que cheguei não vejo nada que lembre nem de longe uma mulher melancia, ou jaca, ou anona que seja! Todos os bumbuns cobertos. As propagandas são suaves, mesmo as que falam de roupas de baixo. Acho que meus pensamentos ficaram menos sexuados. Mas acredito também que seja pela concorrência mental, afinal meu cérebro devidamente escondido tem precisado aprender muitas informações novas, do metrô aos nomes das pessoas que estou conhecendo. Vamos ver se depois, com as demandas sobcontrole, os pensamentos sobre corpos voltarão...Afinal, "erótica é a alma..." (Adélia Prado).

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Somos zebras?

Voltemos á minha época do rádio, quando minhas palavras precisavam ajudar ao interlocutor a construir a cena, a paisagem. As imagens oferecidas tiram um pouco a graça da brincadeira, pois o outro não precisa adivinhar, imaginar, você já mostra como é. Por isso o rádio é tão mágico, há a co-construção. Por isso os livros são fantásticos...Deixam uma brecha criativa para o outro que ouve, que lê. Não que eu não aprecie filmes e televisão, eu adoro, mas trata-se de uma viagem por demais sabida, passiva..Ontem não produzi imagens, não fotografei. Estou "a trabalhar" em minha tese. Fui também á universidade. A aula era sobre avaliação, mas os alunos esbarraram na idéia de motivação. Os alunos precisam estar motivados e se não estão, a responsabilidade é do professor. Motivar, dar um motivo, despertar o interesse para...acompanhar um programa de televisão? A certa altura, alguém disse, sim, seria bom se a motivação fosse instrinseca, se os alunos reconhecessem neles que é bom aprender. Tá aí a cerne da minha tese.

Li ontem também que o Saramago está no Brasil divulgando o livro novo dele, o do elefante e que ele é contra a homogeneização do português, "somos iguais, mas somos diferentes". E aí um poliítico, no mesmo artigo diz, "ah...há liberdade que só se aplica aos escritores, aos demais que seja uma língua única. Isso nos fará mais fortes". Eu adoro ouvir s portugueses de Portugal, a prosódia, as sílabas que se encurtam, as sílabas que se apressam, as frases-expressões que são metáforas visuais, uma hora farei um post só sobre isso. Identidade... necessidade de sermos fortes perante "outros". Ontem, conversando com uma amiga, falamos sobre "falar mal dos outros" e mais do que "de quem você fala mal," fiquei a pensar "com quem você fala mal" de outrem. Duas pessoas que compartilhem identidades juntam-se para tecer cometários ruins sobre outras pessoas. Isso parece coisa de zebra e cervo, que andam em bando para diminuir a chance de serem presas, a vizinha o será se tudo ajudar! Ser igual é o passe para integrar o bando, estar no bando é ser mais forte. Bom, talvez o que o Saramago deseje seja por demais sofisticados para a humanidade...ainda somos "um bocadinho" zebras"...

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Universidade de Aveiro, norte de Portugal











Ontem estive na cidade de Aveiro. A viagem feita na compania da minha professora foi excelente. Ele me contou muitas histórias lindas sobre a história de Portugal, cheias de príncipes, princesas, santas e milagres. Ninguém passa da idade para histórias bonitas. Aveiro é uma cidade pequena e bonita. Aprendi uma apalavra nova: ria. Ria é um braço do rio próximo ao mar (na primeira foto vê-se com boa vontade a água). Na universidade as pessoas foram gentis e hospitaleiras, como tem sido sempre para mim em Portugal, desde que cheguei. A cidade de Aveiro tem uma atração a mais: doces. Os famosos docinhos de Aveiro,que nãofotografei pois minha gula foi mais rápida que minhaa máquina, são duas conchas de massa de trigo finíssima e dentro um creme de ovos. Alguns portugueses podem achar que nunca vi comida no Brasil! Mas, como disse antes de embarcar, conhecer um país por sua culinária....

Enfim, o pastel de santa clara!











terça-feira, 25 de novembro de 2008

Com vocês, anona!





Meu amigo Paulo Lessa tem um blog, o http://www.anonadas.blogspot.com/ e já havia me falado da tal fruta, a anona. Mas, provocador que sabe ser, semeou minha curiosidade e deixou-me livre para investigar sobre a tal. Tudo isso ainda no Brasil, eu nem imaginava, que ia chegar em Lisboa e encontrar anonas nas bancas de frutas. Hoje provei. Lembra um pouco fruta do conde. Mas sei que esta também não é das mais populares e conhecidas. A massa é branca, macia e doce. Sinto muito, não lembra nada que conheça, mas é gostosa, vou repetir. Por fora, algumas têm formato de coração! E quem for ao blog do Paulo verá por coincidência um post dele sobre a anona até com o nome científico. Levo umas sementes? Tráfico biológico....Aqui a associam com á Ilha da Madeira. Lembrei-me do simpático livro de Paloma Amado, filha do Jorge Amado, que fez um livro sobre as frutas que aparecem no livro do pai e que começa o livro contando uma brincadeira de criança da sua família, que era dizer "se eu fosse uma fruta eu seria...". Já fiz isso em uma oficina para professores e nos divertimos muito. Eu seria uma manga. Paulo, você seria uma anona? E você, que fruta seria?

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Chuva e pilates

Dia nublado e chuvoso. Trabalhei na tese. A previsão é de que a temperatura continue a cair, teremos dois graus celsius (não encontrei no teclado o símbolo!) até o fim da semana. O picolé precisa produzir muito, pensar, ter idéias novas...Na semana passada acompanhei duas aulas na Universidade. Uma sobre avaliação dos professores, que estão muito bravos com o modelo imposto pelo governo. Na outra aula minha professora começou perguntando para os alunos o que significa "aprender". Pergunta simples, mas a resposta escorrega feito sabonete. A professora argumentou que a concepção de "aprender" de cada professor reflete-se no jeito de ensianr de cada um de nós. A discussão da aula transcorreu com o assunto esbarrando nas minhas reflexões de tese inúmeras vezes. Qual a profunidade do conhecimento a ser oferecido para os alunos? Profundidade. Na minha qualificação houve uma questão sobre a profundidade dos programas de televisão, sobre a ciência presente nestes programas. Pprofunidade não esconderia um certo ranso de "quantidade"...? Dei uma volta depois do almoço, fui fazer umas compras e encontrei ENFIM minha bolapaa pilates, aí na foto compondo a cena.

domingo, 23 de novembro de 2008

Domingo, sol, Irene no pedaço...

Hoje ficarei recolhida. Está um dia lindo. Azul, azul e azul. A gaivota voltou a aparecer e com luz a foto ficou um pouco melhor, ganhou nome: Irene. A semana foi muito boa, estou gostando muitíssimo da cidade e sendo bem recebida pelas pessoas. A-co-lhi-da. Preciso roganizar a rotina de trabalho, amanhã é segunda-feira, começar com o pé direito. Mais tarde escrevo mais aqui ainda...

Ontem no oceanário...

Todo o oceanário possui som ambiente: avez, baleias, bichinhos de toa espécie. Essa sou eu, animadísima "captando" e apreciandoos sons...e era só o começo...

Fora do oceanário, nos restaurantes a beira mar, o som é outro: música braisleira. Algém merece estar diante do mar, em lisboa e ouvir "hoje é festa lá no meu apê"?

Oceanário de Lisboa





No livro dos Abraços do Eduardo Galeano, há um texto no qual o filho ao ser apresentado ao mar diz ao pai cheio de espanto "pai, me ajuda a olhar!" (acho que já falei sobre isso em um dos meus blogs...peço desculpas se sou repetitiva, é a idade...). O Oceanário é um lugar assim, os olhos famintos querem engolir tudo, sorver, engolir, "lamber os beiços". Eu não sabia se contemplava, se filmava...Queria ver tudo! Resultado, voltarei ao oceanário inúmeras vezes, até me saciar (o que acho sinceramente impossível de acontecer!). Algumas das coisas vistas, só poderão ser compartilhadas com vocês por descrição, pois o escuro era necessário para o bem viver dos bichos e para melhor visulaização dos vistantes. Por exemplo, corais bioluminescentes, lilases, um corredor escuro e tcharan! vida em lilás de todo jeito...Algumas das imagens vistas eu só havia visto em livors, já imaginou a emoção da bióloga aqui? Vi um peixe, parente do cavalo-marinho, que para se esconder e cofundir por entre algas marelas, possui o corpo cheio de extenções amarelas imitando a tal alga. Nada suave, alegórico....O nome dado a ele é um banho de água fria, "peixe-dragão". O biólogo que deu esse nome deveria queimar no inferno, façame o favor. O "peixe-alga" é uma das criaturas mais incríveis da planeta, não tenho dúvida. Biólogos, por favor, mais poesia, sim?! Esse não fotografei, não havia luz suficiente. Vi também, e muito me emocionei, medusas bebês. Há uma seção no oceanário chamada "bastidores" na qual eles apresentam ao público a "quarentena" o "berçario". Bom, no livro tá lá, todas as fases até que tenhamos as transparentes água-vivas. Pois atraquei-me visulamente a um vidro cheio de "bebês" minúsculos, dimensão de unha do dedinho, em muitas fases difernetes. Já viram alguém chorar em um oceanário? Precisei me conter! Fotografie ao lado as medusas crescidinhas, há um post para elas (bailarinas...). Lindas, lindas, lindas... Peço desculpas se as imagens ficaram escuras, são as condições do oceanário somadas a minha incompetência. Devo melhorar até o fim da viagem. Por favor, tenham também paciência com os muitos posts sobre o Oceanário,amei o lugar, acredito que será o meu favorito, memso sem ter visto todos que AINDA estão por vir. A primeira imagem é um enorme animal feito de latinhas recicladas, que integra a exposição Monstros Marinhos. As outras são do Oceanário, dentro, fora.....



Peixão....

Como crianças....










Fundo do mar.....

Bailarinas...

sábado, 22 de novembro de 2008

Ana Paula na floresta tropical cheia de gracinhas...

Minha cam, são meus olhos, que são seus olhos....

Rolicinhos no Oceanário....

Visita matutina....


Cada um dirigia ao outro olhar com a mesma curiosidade...Mas ele voou ao entendiar-se de mim...Mentira, buscou pouso mais alto, onde o sol estava mais generoso...

Instantâneos...

Existem hidrantes maiores dos que eu vi, os baixotinhos.

Ontem vi um carro funerário como de cinema, cortininha preta e tudo! Que mêda....

Ontem houve uma simulação de terremoto na Praça Touros (corrigir post que eu disse Torres...entendi errado...). Bombeiros, polícia...e minha mãe pedindo para que eu volte já!

Não encontro adoçante líquido aqui, comprei comprimidos.

Vi uma baiana no metrô! Vestida a caráter...era sexta-feira....Já imaginaram a atenção que chamava?

Remédios custam muito caro aqui.

Depilação a laser custa muito barato.

Não sei como as portuguesas conseguem manter a forma, existem muitas "casas de paõ"! As vitrines são dignas do filme "A fantástica fábrica de chocolates", só que com variedades de pães, roscas, broas...

A loteria está acumulada aqui: 27 milhões de euros...Quem sabe...."Minha vida vai mudar, minha vida vai ser boa! Nunca mais carregar água pro açude da patroa..."

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Universidade de Lisboa, Faculdade de Ciências











Uma Lisboa só minha....

Hoje quando cheguei no meu canto lusitano, acendi a luz do quarto e meu coração "estancou" por um breve momento! Os adoráveis portugueses que estão a me acolher deixaram essa manifestação de carinho esperando por mim...Um vaso natalino que me iluminou as idéias, acompanhado por delicado cartão...Essa Lisboa, só existe aqui, e tenho muita sorte (Deus) de conhecer...

Não, a bióloga que existe em mim teve que reparar que é fibra ótica....Insuportável essa criatura!

Entardecer em Lisboa...


Algém sabe me dizer o que é isso?

A primeira foto quando vi este bolo de pêlos, pensei, puxa, alguém limpa a escova com a qual penteia o cachorro aqui...Mas em seguida vi estes tubos enterrados nos canteiros. Cada canteiro contém uma árvore e dois tubos detes, uma tubulação plástica (perdoem-me os entendidos em tudos se engano-me no material) coberta por esse casaco de pêlos....Palpites? Vou assuntar e volto aqui para contar!

Boca de metro...


Falei aqui sobre o mico pago no metrô, para adiquirir o bilhete. Comentando com uma amiga viajadíssima, ela me contou que quando esteve em Lisboa, ela e a moça que a acompanhava, acharam que o metrô era de graça pois não havia roleta (são portas automáticas) tampouco cabines para vender cartões. Sim, são máquinas. E a Ana Paula que corria kilômetros de máquina de refrigerante automatizadas, precisou enfrentar a fera digital e seguiu atentamente as instruções...Ainda não consigo recarregar os cartões, sempre tiro um novo, mas chego lá! Olhem as simpáticas aí!
PS: Boca de metro é "entrada do metrô"

Sobre queixos....

É obvio que este post não poderia ter imagens: senhor, por favor, autoriza-me a tirar uma fotografia do vosso queixo? Seria expulsa de Portugal, né? Mas o que gostaria de dizer, respondendo a todas minhas amigas solteiras e as casadas curiosas não-mortas sobre os homens portugueses, sim, são bonitos. O que me chama a atenção especialmente são os belos queixos, bem feitos, desenhadinhos, com aquele "risquinho" supra queixal. Não, o George Clooney ainda é o número 1, mas os queixos que circulam por Lisboa poderiam ser uma ameaça ao primeiro lugar, se eu não fosse a única jurada a dar notas. As mulheres também são bonitas, elegantes, charmosas. Não são altas, mas são magras, não vejo muitas raparigas fora do peso. Bom, que fique registrado então, os homens em Lisboa são bonitos.

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Dia azul azul azul

Dia azul azul azul. Hoje fui ao Banco do Brasil, na Praça Marquês de Pombal (última foto). Sensação absurda "sentir-se em casa" dentro de uma ag~encia bancária, mas me senti. Andei de metrô, azulejos e obras de arte. Instigante. pedi ajuda a uma snehora para comprar o bilhete eletrônico na máquina e ela disse "não, peça a um funcionário". Virei-me experimentando todas as entradas da máuina para cartões, moedas, notas...Mas, não se engane, todos os lugares têm pessoas hostis e amáveis. Encontrei pessoas mais simpáticas que o contrário, felizmente. A tarde fui a Loja do Cidadão, análago ao Poupa Temou/Psiu brasileiro fazer o também análogo cpf portugês. O casal que me hospeda me acompanhou, muito muito muito gentis. A loja fica na Praça da Figueira (todas as outras fotos), lugar simplesmente lindo. Meus olhos quase surtaram tantas eram as imagens que queria "devorar" com eles! Comemos bolinho de bacalhau (foto da Ana Paula fingindo não ser gulosa).
















terça-feira, 18 de novembro de 2008

Primeiríssimas impressões...

Está frio, 16 graus celsius (perdão, não encontrei "grau" no teclado). Mas o frio úmido corta a pele (repare na foto um a Ana Paula com olhos e nariz vermelhos, descabelada pela ventania!). O lugar da foto (sítio, em português de Portugal) é a Praça Torres, também conhecida por Arena. Nela funciona uma arena para touradas, que acontecem apenas no verão, os portugueses com quem conversei declaram achar absurdo que ainda existam touradas. Entendi que o evento se parece mais com os rodeios brasileiros, do que as legítimas touradas da Espanha. Sob a edificação funciona um shopping. Na praça e por toda a cidade (por onde andei, claro) muitos plátanos, a árvore da foto 2, ela dá notícia das quatro estações, agora está vermelha-amarelando...Lindo, lindo, lindo! Fico com vontade de catar as folhas caídas no chão. Na verdade catei algumas, mas as pessoas me olham como louca! Bom, louca no Brasil, louca em qualquer lugar. As outras fotos mostram os prédios do lugar, Campo Pequeno. No mais, antes de postar as outras fotos, adinato que estou noe sforço de não ficar comparando Brasil e Portugal o tempo todo, embora seja difícil não o fazer! O hidrante deles é pequenininho, como enterrado na calçada (pelo menos os que vi até então). Encontei pessoas solícitas e pessoas hostis, como em qualquer lugar do mundo. Vi uma mãe chamando o filhinho no metrô de "gotosinho da mamãe" (assim mesmo!). Somos todos humanos...Vou me concentrar nas semelhanças e nas diferenças significativas. Escrevi antes de chegar que ia namorar Lisboa, sei que é precoce visto minhas poucas horas de Lisboa, mas estou caidinha pela cidade, é linda....Amor a primeira vista, será?






















sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Ser outro constantemente....

Viajar! Perder países!
Fernando Pessoa

Viajar! Perder países!
Ser outro constantemente,
Por a alma não ter raízes
De viver de ver somente!
Não pertencer nem a mim!
Ir em frente, ir a seguir
A ausência de ter um fim,
E a ânsia de o conseguir!
Viajar assim é viagem.
Mas faço-o sem ter de meu
Mais que o sonho da passagem.
O resto é só terra e céu.
Contribuição da minha amiga Ruth Mendes!

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Exótico....

Toda vez que somos colocados diante de algo novo e diferente, há uma tendência em sofrer o estranhamento do ponto de vista do exótico (isso na impossibilidade do curto caminho da intolerância). Isso estudei em uma aula sobre psicologia social, mais precisamente representação social. A categoria exótico é mais fácil de engolir, dói menos que aceitar que o outro é diferente. Já o psicólogo francês Claparede descreve em um dos seus livros que até a adolescência o ser humano primeiro identifica em situações de comparação o que há de diferente. Assim, duas crianças que não se conhecem quando juntas trabalharão metalmente para descobrir o que a coleha possui de diferente, o que as distingue. Reconhecer semelhanças seria uma habilidade desenvolvida mais tarde, com o amadurecimento. Reflexões de grande utilidade quando se é estrangeiro ou quando se acolhe estangeiros. Por conta da psicologia social, passei a temer o exótico, e sempre que chego a conclusão que algo pertence a essa categoria me pergunto se não cheguei a essa conclusão por dificuldade em aceitar, depois de reconhecer as diferenças, que o outro existe e alcança a felicidade mesmo sendo tão diferente de mim. De qualquer forma, eu estrangeira me exercitarei em aproveitar em cada encontro para descobrir semelhanças....

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Mogli, Baloo, Ana Paula e sua bagagem


Depois de um ano no qual passei dois terços do meu tempo viajando, preparando-me para viajar ou descansando de uma viagem, precisei rever meu conceito de "bagagem". Precisei admitir que quase sempre minha figura lembrava mais um camelo escondido sob a carga. Mas o camelo, coitadinho, não tem escolha, e eu, podia escolher o que levar e deixar para trás. Proclamei a fase "sem lenço sem documento" (ou quase isso), tentando carregar apenas o necessário, o indispensável. Mas como definir necessário e reconhecer o indispensável?

E agora, arrumando as malas da viagem o fantasma dos excessos torna a aparecer. Vou passar bastante tempo fora, mas o que é realmente necessário carregar? Lá será inverno, levo uma canga e minhas havainas? E aquele vestidinho curto e floral, que eu amo, fica ou vai...? Os cremes são os mais difícies de escolher. Há o prazo de validade, a norma do transporte de líquidos,minha pele que "necessita" desses cuidados!!!

Enquanto faço e re-faço a mala o que me leva a ter muitas versões da bagagem, a música do Baloo do Mogli me surge...Aí vai a letra:
"Eu uso o necessário
Somente o necessário
O extraordinário é demais
Eu digo necessário
Somente o necessário
Por isso é que essa vida eu vivo em paz

Assim é que eu vivo
E melhor não há
Eu só quero ter
O que a vida me dá."

PS1: Eu uso o necessário,somente o necessário...Mogli, Baloo, quem não viu...procure ver...
PS2: Pronto, post inaugural sem a pompa de uma estréia!