quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Penelas comemoram ano novo!

Ano novo, 12 passas, 12 desejos, subir na cadeira (ou o sofá), beber um bom espumante, beijar e abraças pesosas queridas e bater panelas para anucniar a vida que tudo recomeça!

Feliz 2009 ao som de Elvis, meu eterno amor...


Desejo a todos um novo ano com sentimentos semelhantes aos que este vídeo do Elvis me causa: abro um largo sorriso, sinto-me feliz como quando o descobri aos 9 anos de idade e vivi minha primeira paixonite...
Que todos sejamos melhores!
Que todos sejamos mais íntegros!
Que não nos falte coragem!

Viva o novo ano que se aproxima!

(Aqui teremos três entradas: o horário de Portugal, o horário do Brasil e o horário da Itália..A Tess diz que parecemos uma estação espacila...)

terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Afinal, pode a ciência ser divertida?

Aqui chove. Eu aproveito as derradeiras horas de 2008 para trabalhar na análise dos programas de TV que vim estudar. Realizo a tarefa sem grande entusiasmo. Minha sanfona me espera ansiosa para brincarmos em um canto do quarto. Ela tem olhos. Eu a acho muito obediente, poderia ser mais travessa. Mas ela espera quietinha, o fole suspira longamente. E eu a olho amorosamente. "Não é uma experiência, Carlota, é mais um aviso de perigo". Esquentar água no microondas pode ser perigoso, é o que diz o "cientista apresentador". Depois uma bola de sabão cheia de gás carbônico estoura e eles dizem "é mesmo assutador". Preciso ver Jogos Mortais, o último, antes que saia do cinema. Isso sim é assustador, e aliás, esta expressão nem precisa ser convocada ao longo da trama para que nós expectadores nos assutemos. Mas isso eu não posso dizer na tese, pois são impressões minhas. Minhas impressões só tem valia sem alguém mais velho, mais famoso, mais competente, que tenha publicado mais e principalmente "convencido mais pessoas da sua genialidade" tenha dito o mesmo que minhas impressões sinalizam. Parece-me que nem mesmo quem trabalha com ciência se emociona e se diverte com ela. Fazem programas de experiências e em casa espicham-se no sofá para ver Titanic. Talvez seja uma fase da minha caótica trajetória, e "se calhar" (como se diz aqui em Lisboa) eu volto a ver esse cenário com mais alegria. Na verdade, eu continuo a me emocionar com a ciência. Aqueles bebês medusas que vi no Oceanário de Lisboa (tem post sobre isso) arrancaram-me lágrimas! Só não sei se quer investir minha energia para que os outros se emocionem com isso. Ou ainda e pior, não sei se todos os outros que eu gostaria que se emocioanassem estariam preparados para conectar-se com esse tipo de emoção. (Neste momento, alguns leitores deverão estar a dizer: mulherzinha presunçosa, acha-se mais preparada, como se fosse de alguma maneira superior essa capacidade de se emocionar). Ok, acho que disse isso mesmo, quem quiser pode criticar ou enxovalhar-me. Mas não pode ser só isso, não é possível que os homens (e mulheres..) queiram tão pouco da vida! Um exemplo e encerro essa conversa. Houve um natal em minha casa, que alguém ganhou uma fita (faz tempo isso...) de música clássica (que não me lembro mais o que era). Pois bem, trocados os presentes voltamos á mesa e alguém colocou a música para tocar. De repente minhas irmãs chamam da sala eufóricas para vermos "algo". A cena era a seguinte: nosso gato embevecido pelo som que saía do aparelho encontrava-se na sala literalmente abraçado as cixas de som! A música causava nele uma espécie de frenesi, ele esfregava-se no aparelho, subia e descia, procurando um local no qual pudesse fruir a maravilha sonora ainda melhor! Aquilo foi lindo, um ser vivo hipnotizado pela beleza. Se um cérebro muito menos sofisticado como o do Mimi é capaz dessa experiência, não seríamos todos??

domingo, 28 de dezembro de 2008

Iniciada temporada de "brincadeira com as palavras": participe da enquete!

Já era hora da brincadeira começar! Depois de um mês e alguns dias de Lisboa a deliciar-me com o português local chegou o momento de compartlhar com todos, portugueses e brasileiros, minhas impressões sobre o "jeito de falar o português de Portugal" do ponto de vista de alguém que fala o "português do Brasil". Não é uma competição! Que fique claro, a intenção não é comparar para saber se há um jeito melhor, ou mais correto de comunicar ou de pronunciar palavras em português. Antes porém, é uma maneira de conhecer mais o português que nos aproxima e de certa forma nos une, e ainda, nos deliciar com o que é peculiar de cada povo. E sendo eu uma aprendiz de "analista de discurso" interessada muitíssimo na prosódia e suas muitas melodias na fala, não pude deixar de cair de amores pela maneira que os portugueses "desenvolvem" o discurso, suas paradas abruptas, a ligeireza de certos trechos, os "ok" indicando movimento, o "oh! pá" como cacoete identidário. "Calma lá" que teremos tempo para falar disso, e prometo trazer aqui vídeos com exemplos e cometários da prosódia portuguesa (gentis portugueses já concordaram em se apresentar aqui...). Por hora, inauguramos nossa enquete de significados. A cada 3 ou 4 dias uma palavra nova para vocês visitantes arriscarem um palpite. Agora me veio uma questão, esta será uma brincadeira para brasileiros...Pois os portgueses saberão a resposta. Bom, vale comentários, votos, críticas, sugestões de palavras.... E prometo pensar um brincadeira para os portugueses também! A palavra com a qual iremos começar é muito fácil, pois houve um post só sobre ela. Vamos lá, vale colar e procurar o post! Vou utilizar o marcador enquete, assim quem quiser poderá encontrar a brincadeira mais facilmente.

Saldos e Almodovar: quem poderia ajudar-me a tirar as botas?

Em Portugal, as liquidações acontecem em período determinado por lei. São os saldos que começaram hoje. A esperança/promessa é que que os preços caiam entre 30 e 70%. Fui dar uma volta para ver o movimento e comprei uma bota linda, "castanho" (o nosso marrom). Eu com meu pé de princesa (calço 34, sim, e não vem comprar que é feio!) de cara descobri que em loja de adultos a numeração aqui começa no 35. Mas o vendedor sugeriu que eu experimetasse o 35 de alguns modelos, pois podem ser "mais pequenos" (menores). Bingo! Na verdade para alguns modelos meu pé só ficou confortável no número 36! Eu adorei a bota, mas como não tem zíper lateral fiquei com medo que me aconteça como aquela cena do filme do Almodovar, "Flor do meu segredo", estão lembrados? O marido da protagonista a deixou e ela vê-se em dificuldade ao tentar descalçar as botas sozinha, pois era ele que a ajudava. Ela fica o dia inteiro tentando tirá-las até que resolve ir a uma praça pedir ajuda a um transeunte qualquer, em troca de dinheiro. Por via das dúvidas, já calcei e descalcei minhas botas novas algumas vezes, uma espécie de treino.

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Fotos da ceia














Dois dias depois da ceia, volto para comentar as fotos. Demorei-me. Motivo: depois de tanta comilança, estive acamada. Não irei dourar a pílula ou maquiar minha vergonha, tive um "piriri gangorra" (dor de barriga das piores!). Depois de uma noite e um dia visitando recorrentemente a "casa de banho" reconheço que meu corpo não consegue trablhar com os excessos todos. Perguntaram-me, foi o bacalhau, foi o vinho? Foi o todo (ou diria tudo) e nas quantidades que o foram. E para arrematar uma boa enxaqueca. Menos, Ana Paula, menos, por favor. O copro agradece. Vamos ás identificaçoes: 1) bolo rei (ou rainha, mudo o sexo do bolo o tempo todo, amêndoas, amêndoas e amêndoas..) 2) broinhas de abóbora, com sutil sabor de laranja 3) o bacalhau! que estava delicioso, feito pela Tess 4) queijo típico para se comer d ecolher 5) fatias douradas, nossas "rabanadas" com pão de forma 6) sonhos, que mais se parecem nossas "carolinas", nosso sonho recheado eles chamam de "bolinhas recehadas", 7) mesa linda! 8) filhoches de abóbora e 9) mais uma vista da mesa...Ufa!
Muitos têm me perguntado (aqui e aí) se a ceia é igual (aí e aqui). Na véspera de Natal a ceia (ilustrada aqui) foi diferente da que estou acostumada (nem falo em nome de todos os brasileiros). Mas no almoço do dia 25, comi peru e farofa, como aí.

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Véspera de Natal, amor e jardins


É difícil falar de amor sem parecer piegas. Mas como disse uma das vozes de Pessoa, "todas as cartas de amor são ridículas e não seriam cartas de amor se não fossem ridículas..". Então, nesta véspera de Natal, entrego-me a pieguice para falar de amor, que é o que realmente importa nesta vida (na minha opinião). Eu como tantas criaturas por aí gostaria muito de entender este sentimento. Não falo tão somente do amor entre um homem e uma mulher, mas também deste. Falo do amor que senti instantaneamente ao ver meu cachorro ruivo ainda bebê as margens de um rio, abandonado, amor que senti ao olhar para os olhos dele. Falo ainda do amor que sinto pelo meu sobrinho, que só faz aumentar e que me dá a sensação que não caberá no meu peito. Lembro que quando menina e minha mãe aprovou termos mais de um cachorro a aflição que senti ao pensar que talvez não houvesse amor para todos em mim. Mas o amor é este sentimento que multiplica-se, soma, que agrega, que partilha....Normalmente falamos pouco desse amor, ocupamo-nos muito dos amores que unem casais. Eu mesma, vez ou outra encontro-me envolvida em alguma "especulação mental" se é amor ou o que os fulanos sentem, ou o que eu mesma sinto. Para mim, o pior sentimento que pode associar-se ao amor é o medo. Medo de perder o outro, medo que o outro ame um outro, medo de mostrar-se como realmente se é... Quando as pessoas têm medo o amor perde sua beleza e morre. E o amor é um sentimento de vida, ele tem esse poder de despertar a vida nas pessoas (que sorriem mais, que ficam melhores, que se arrumam mais, que espalham flores, que dizem mansidões....). Em resumo, para mim, se houver dúvida se é amor o que está se viver e se é um amor bom, a pergunta a ser feita é: é fértil? há um jardim a florescer, mesmo que de pimentas? E se isso estiver a acontecer para os envolvidos, este é um amor que vale a pena ser cuidado, um amor bom...Mas é mais fácil o desacato ao entendimento, a guerra á paz, a separação ao encontro...É uma pena. Mas a vida continua e o amor continua a acontecer gratuitamente em nossos corações inesperadamente (não é o que chamamos de benção?).
Desejo a todos neste Natal encontros de puro amor! O amor que dá vida aos olhos, aquece o coração e materializa-se em gestos, palavras e carinhos...

Foto Largo da Graça, quando fomos ver um coral de Natal. Foto tirada pela Tess.

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

No rabito das crianças

Fui depilar o buço. No final, como de costume estava com a pele bastante irritada, vermelha. A moça buscou um creme e me disse que iria diminuir a vermelhidão, iria acalmar. Nem tive tempo de responder e ela lascou-me o creme abaixo do nariz...Logo reconheci o odor: hipogloss, com outro nome. Enquanto tentava impedir meu cérebro de reagir ao cheiro que detesto, ela completou: "fique calma, cá é o que se mete nos rabitos das crianças." Ok, isto me deixa mais calma.
PS: Entenda-se, aqui a palavra "rabo" é dita pelas mais distintas senhoras. Vou tentar descobrir a palavra feia pra rabo, claro que vou, né.

Fundilhos carcomidos


Uma das coisas que pretendo fazer aqui é conferir os brinquedos disponíveis nas lojas. Aí no Brasil já havia namorado o blog http://blogdebrinquedo.com.br/ sobre brinquedos e agora penso em conhecê-los de perto. Quero levar alguns para meu sobrinho e outros ligados a ciência para meu uso. Há de tudo! Você pode comprar, por exemplo, uma réplica da roupa de astronauta para crianças, que custa perto de 8 mil dólares. Os insetos têm uma categoria especial com brinquedos para captura, manutenção, observação e insetos eletrônicos e de montar muito giros (legais no português daqui...). Mas eu ainda não vi uma formiga ao menos (o frio...). Encontrei entre os brinquedos esse da foto, que me remeteu a minha infância. Eu e minha irmã tínhamos banheirinhas de plástico para nossos bebês iamginários. Eram banheiras grandes o suficiente para colocarmos nossos bumbuns e descermos ladeira a abaixo. A laderia eram as laterais de uma escada longaaaaaaaaa em nossa casa, para desespero da minha mãe. As banheirinhas ainda existem, e têm os "fundilhos" carcomidos pelo cimento. Como aquilo era divertido! Alguém inventou para as crianças um briquedo semelhante (como o da foto), fizeram o serviço para as crianças....Roubaram-lhes a oportunidade de inventar.Mas vá lá....É bacana

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Sou eu? O que é isso na minha cabeça?




Amor, esta palavra de luxo

Porque estamos quase no Natal, e sinto saudades da minha família, dos meus bichos, dos meus amigos, da praia de Massaguaçu, e todoas minhas faltas parecem maiores e mais doídas, e minha sanfona dá voz ao meu coração e ecoa nesta Lisboa secular...E porque estas conversas sobre educação que tantas vezes me parecem areia movediça na qual eu afundo sem sequer lutar...Aí vão palavras sábias desta mulher adorável, Adélia Prado, na qual me reconheço ou gostaria de me enxergar...

Ensinamento

Minha mãe achava estudo
a coisa mais fina do mundo.
Não é.
A coisa mais fina do mundo é o sentimento.
Aquele dia de noite,
o pai fazendo serão, falou comigo:
"Coitado, até essa hora no serviço pesado".
Arrumou pão e café ,
deixou tacho no fogo com água quente.
Não me falou em amor.
Essa palavra de luxo.

domingo, 21 de dezembro de 2008

Alguém já viu coisinha mais delicada???


Docinhos de marzipã da região do Algarve....Vou experimentar toda a fauna e flora! E dá-lhe andar a pé...
No .wikipedia: Marzipã - é um doce de origem árabe, preparado a partir de uma pasta feita de amêndoas moídas, açúcar e claras de ovos que pode ser moldada em praticamente qualquer formato. Também podem ser adicionadas essências.Conhecido no ocidente a partir do século 13, aproximadamente, o marzipã é servido geralmente com a forma de bolinhas ou figurinhas, pintadas com anilina ou em sua cor natural, e ainda com cobertura glaceada ou de chocolate.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

O que aquece meu coração


E o que é a vida senão os momentos que o coração fica aquecido? Uma sanfona (mesmo que pareça de brinquedo) e ainda vermelha tem reunido toda minha alegria, o som é minha voz e expressa a matéria da minha alma!
PS: Ainda é só barulho, mas eu chego lá....

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Alguém já viu esta turma antes????


Estava eu a passar pelo Campo Pequeno e ouvi ao longe o som melancólico e doce de um acordeon...Dois artistas sofridos venciam o frio de Lisboa expondo sua alma ali a troco de uns centimos de euro...Sabem como amo acordeon, aproximei-me, generosa...Mas vocês não acham esses dois familiares? Não são parecidos com o primo e o namorado da Mônica?

Hoje é dia de comemorar!

Hoje é o desaniversário do meu sobrinho* (ele faz 10 meses, o gigante!) e completo um mês de Lisboa. Antes de vir falei do enamorar-me pela cidade, lembram? Cheguei e vi-me envolvida em um tórrido caso de amor, com direito a bebedeiras insandecidas (ai..ginjinha..). Continuo tentando não comparar, mas comparando. Talvez seja mesmo inevitável. Talvez eu possa ser civilizada se feita a comparação eu consiga ter respeito pela diferença, até apreciá-las. Como acontece com as palavras...Ontem, a simpática turma que comigo foi a tomar ginjinha teve comigo um saboroso "embate" sobre a palavra calção. Eles dizem vou levar "meus calções" para usar no Brasil, mesmo que levem apenas uma "calça de pernas curtas" ou "short", como dizemos. Ficamos a pensar se seria o mesmo caso dos óculos, óculo direito e óculo esquerdo formam os óculos. Pode ser que tenha razão sobre a calça, cujas pernas são calça, sendo duas pernas a se calçar, são calças! De qualquer forma, no lugar de rolarmos ladeira abaixo (e havia uma ladeira de morte!) entre socos e ponta pés, rimos e...acrescentamos cada qual uma nova palavra e uma nova idéia ao seu repertório.

Outra coisa para eu pensar em um mês de "Pastel"....E eu que pretendia apresentar-me inteira aqui, uma só pessoa, fracassei...Continuo postando em todos os blogs...Continuo muitas...A pergunta é: será este um problema e devo eu tentar me reunir, ou devo aceitar que é esta minha natureza?

E por fim...uma cidade é as pessoas que nela moram. Já fui muito mal recebida em algumas cidades, o que afetou muitíssimo o que penso sobre estas cidades. É comum as pessoas dizerem que cidades pequenas são melhores para se viver, menos violentas...E que as cidades grandes são terríveis. Cheguei a conclusão que as cidades são o que seus moradores são. Se nas cidades pequenas há cordialidade e hospitalidade, são cidades que acolhem. Se nos grandes centros as pessoas omitem-se e dliluem-se na multidão, preferindo resposabilizar sempre o vizinho pelo mal comportamento, as cidades tornam-se antros de hostilidade generalizada. E Lisboa, como é? Bom, não conheço todos os portugueses, mas os que conheci aqui e até o momento são extremamente gentis e educados e têm tornado minha vida aqui muito agradável.

Viva o Saviola e viva Lisboa! E viva a ginjinha!

*Dia do mês corresponde ao dia do aniverário da pessoa, porém em outro mês que não o do aniversário.


terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Fernando Pessoa


Praça do Comércio




Pensoem começar a diminuir o número de fotos que disponibilizo aqui. Li no blog da jornalista Leila Ferreira (www.nosmulheres.globolog.com) sobre a preocupação dela em não chatear os visitantes com suas histórias de viagens. Estarei eu chateando os visitantes? Na dúvida, tentarei usar o critério "o que mais me emocionou" para escolher o que entra e o que fica de fora do blog. Eu já havia passado de carro algumas vezes pela Praça do Comércio, que com as luzes de Natal é mesmo um espetáculo. Aqui temos o rio Tejo, o rio-mar de Lisboa e suas gaivotas de comportamento adolescente.






A Ginjinha!!!! Viva! Viva! Viva!!!


Ginja é uma fruta parecida com uma cereja, porém mais escura. É uma espécie de vinho de ginja. Viva! Viva!

Vista do elevador











Como melhorar nossas aulas?

O grupo de pesquisa que frequento na Universidade de Lisboa tem uma ação e reflexão totalmente voltada para a prática na sala de aula, o que é desafiador. Eles estão preocupados basicamente em como dar aulas mais atraentes que os alunos aprendam melhor. Para esste momento da minha vida e da minha escrita da tese esta atmosfera é excelente, para voltar meu olhar para a escola, enquanto falo da televisão. Conspiração: veja no blog do vivieiro (www.viveiro.blogspot.com) comentário feito por mim sobre post e comentário do blogueiro Dedalus (http://dedalus-atlas.blogspot.com/). Uma conversa fecunda, veja lá e palpite.

domingo, 14 de dezembro de 2008

Mudando o mundo ao estilo Ana Paula

Quando vou a uma livraria aqui, recolho autores brasileiros e depois coloco-os sobre os "Paulo Coelhos" espalhados pela loja....Pilhas e pilhas de "Maktub" e "Alquimistas" escondidos por Manoel de Barros, Drummond, Vinícus, Sabino......É como se eu escondesse uma vergonha. Mas ao mesmo tempo uma pequena colaboração/transgressão minha ao universo...
Não tenho encontrado Adélia Prado, sinto-me desamparada....

Impressões...

-Tarde da noite voltando pra casa, chuva fina, rapaziada a jogar bola no campinho da Praça dos Touros. O goleiro vestia uma linda camisa tricolor muito conhecida. Dá-lhe São Paulo além mar!

-Fiquei presa do lado de dentro do metrô na última semana. O mesmo cartão que me dá passagem para entrar, deveria me dar passagem na hora de sair. Mas não funcionou. Fiquei lá esperando um funcionário me libertar...

-Fiquei pensando quais seriam aqui as edificações anteriores a 1500, ano do nosso "achamento". Isso porque queria imaginar o que os portugueses sentiram ao chegar ao Brasil-floresta estando acostumados com as belezas arquitetônicas daqui. Mas quase tudo que tenho visto é pra lá de 1700. Na realidade, houve um terremoto em Lisboa por volta de 1750 e a cidade foi parcialmente reconstruída.

-Encontrei uma festa de solstício de inverno para ir. Preciso me organizar.

-As pessoas aqui carregam aqueles guarda-chuvas de cabo longo, como os de praia sem problema. Como brasileiro é bobo! Quer dizer, minha mãe carrega esse tipo de guarda-chuva. Nas mão dela funciona como uma arma...ela promove vários incidentes com as pontas que sobram. Além disso, cotuma perdê-los ao pendurá-los pelos lugares que passa. Mas as vezes também, costuma deparar-se com dois pendurados em seu braço...Mesmo que tenha saído com apenas um de casa...

Ana Paula?

O domingo poderá ser de sol. Nos últimos dias, trabalhei intensamente nas idéias e um pouco da escrita da minha tese. Na sexta-feira tive um simpático encontro com professores da Universidade de Lisboa que estão a fazer o curso de mestrado/doutorado. Falei sobre meu trabalho e minha metodologia. Fiquei muito feliz em vê-los a "escutar" atentamente o que eu tinha a dizer. Estavam interessados nas possíveis contribuições que minhas idéias poderiam trazer ás suas práticas. As perguntas feitas eram do tipo "quero entender" e não do tipo "quero testar você". Encontrar um grupo assim tem grande impacto na pessoa que "estou", tão descrente de tudo. Quero muito recuperar o desejo e a alegria de dar aulas, que era o bem mais precioso que tinha e deixei morrer. Sinto-me como um aparelho de som que funciona mas tem um botão qualquer desligado, e por isso não se escuta a música na potência de sua beleza.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

A saudade pintando no pedaço!

Dos meus cachorros. Sonhei a noite toda com a Lisbela, espivitada, pulando em mim sem nenhum respeito. E da minha avó, e sua máquina de fazer bolinho.

"Coisas" que parecem ser universais e nada tem a ver com a globalização

1.Homens não aguentam esperar/encontrar um banheiro e fazem xixi nas ruas, escondendo-se atrás de postes, árvores...
2. Cartazes de "procura-se cachorro perdido"
3. Pessoas disponíveis para ajudar
4. Pessoas que não querem ajudar
5. Mulheres que passam batom fora dos lábios
6. Agiotas
7. Pessoas de idade sentadas nas escadas de igrejas, metrôs...a esmolar.
8. Cegos pedindo dinheiro em transporte público.
9. Adolescentes que contrariam a previsão da meteorologia e saem só de camiseta (e congelam).
10. O cheiro do pão fresquinho faz todos ficarem felizes.
11. Cachorros e gatos que frequentam assiduamente cantinas das universidades.

O sol está a brilhar

Cá estou, a estudar. As novas idéias para a tese estão a chegar, de mansinho, sem pressa alguma, indifernetes aos prazos que tenho a cumprir. O tempo está bom, mas a previsão é de chuva para os próximos dias. Aqui, mais do que no Brasil (ou pelo menos parte em dele) deixamos-nos condicionar pelo clima. O sol é um convite ás ruas, ás praças...E meu quarto fica cheio de luz...

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Perder-me ali seria como achar-me...




Percorremos, eu e meu simpático grupo, as ruelas das muralhas do Castelo de São Jorge. O castelo ao alto e ao redor, casas e vilas protegidas pelas muralhas. Muitos miradouros espalhados dos quais vê-se parte de Lisboa, o rio Tejo, a ponte Vasco da gama, as luzes de Natal. Estava frio e ventando muito. Mas a atmosfera era mágica. De quando em vez o eléctrico (bonde) cruzava as ruas com sua aparência antigona (minhas fotos "dessa vez" ficaram ruins) ignorando que ele ainda circula no passado. Se já não fosse beleza suficiente, há ainda os azulejos...por toda parte, em painéis, cobrindo as paredes, por todo canto! Nós andávamos e as ruas iam se sobrepondo na minha imaginação, deixavam de parecer caminhos, pareciam pequenos sonhos...Mas meus amigos conheciam o percurso, conheciam os caminhos...Embora perder-me ali pudesse ser como encontrar-me...


Café marroquino


Chá de pimenta e encenação sobre fumar...Na verdade, preparando-me para a tão sonhada viagem...Os maigos novos animaram-se em ir comigo, acho que terei pessoas amigas para dividir essa jornada...

Costelas!







Fomos comer costelas (não sei bem se chamam assim). Uma delícia. Nas fotos eu, a costela e o primo da Mônica Paulo.

Árvore de Natal mais alta da Europa


Linda... Ventava muito,vejam meu cabelo...


Pastéis de Belém







Este era um post para falar dos pastéis de belém, que são uma delícia. Mas o melhor mesmo foi a compania. A Mônica é aluna de doutoramento na Universidade, orientada pela professora que me recebeu. Ela muito gentilmente levou-me para conhecer estes lugares lindos dos últimos posts do blog, sempre bem humorada e disponível. Fazia frio, e ventava consideravelmente, mas ela e o primo Paulo, mantiveram-se alegres e dispostos a ir a lugares que já conheciam só para que a brasileira aqui pudesse "namorar" a cidade deles. Só posso dizer que os portugueses têm sido impecáveis comigo quanto ao tratamento, mais, têm se comportado de maneira mais absolutamente gentil comigo. Como dizia Quintana, prossigo levando minhas surras as avessas...