segunda-feira, 30 de março de 2009

Em tempo...

Estou aproveitando tudo que posso nesse momento aqui em Portugal. Mas logo arrumo um tempinho para o blog, pois estou com coisas lindas reservadas para postar!
PS:Atenção amigos: não enviem mais correspondência para o meu endereço de Portugal

quarta-feira, 25 de março de 2009

Cidade do Porto





Que maratona! Fiquei exausta. A cida tem mar e rio, o rio Douro (aparece ao fundo na foto em que estamos Mónica e eu). A professora Ana Maria também nos acompanhou (ou fomos nós que a acompanhamos?). A viagem de Lisboa ao Porto levou quase 3 horas e fomos de "comboio", trem.

Depois de beber "um copo"



Comemoramos o aniversário do Luís (que não aparece na foto). O rapaz ao centro é amigo dos meninos. Já caiu em um poço! E não é porque é santo...

Primos portugueses


Foi oficialmente promovida pela família da Mónica à categoria de prima. Sinto-me lisonjeada. Uma coisa é você pelo afeto fazer amigos, outra coisa muito diferente fazer "primos". Os meninos são uns amores, na foto estão o Pedro e o Paulo, e a Mónica, pela maciça presença no blog já se pode imaginar como formamos uma boa dupla. A isso chama-se "benção"! Que lindo, meu Deus, meus primos portugueses!

segunda-feira, 23 de março de 2009

Eu sei.

sábado, 21 de março de 2009

Dia Mundial da Poesia: você está mais para bula ou para poesia?


Para algumas pessoas poesia está associada ao texto escrito, à palavra. Mas essa é apenas uma das formas de manifestação poética, poesia é um estado de ser. É uma saia colorida, um jeito de olhar para as gentes, uma forma de escolher as palavras, um enxergar envergado, uma maneira de rir-se da vida. Portanto, existem pessoas que estão mais para relatórios científicos e bulas, e outras para a poesia. Eu pertenço à segunda categoria. Somos minoria? Suspeito que sim. O cotidiano exige-nos uma expressão isenta de poesia. A isso chamam objetividade, clareza, coerência, consistência. A poesia escolhe o caminho da “corda bamba”, goza a vertigem no estômago das quedas abruptas, admite a dúvida, a incerteza. O estado poético assume os vazios das nossas frágeis existências e nomeia-o, “palavras que compõem o silêncio...” E é isso, nesse momento da minha vida, em que tantos são os vazios e as faltas, tomo a poesia como quem prova vinho do porto, e sigo brincando a dar nomes! Só a poesia pode me salvar da aridez a que me submeti...
Hoje eu pensei em sair por aí para aproveitar as comemorações do dia da poesia, mas não foi preciso, minha celebração estava a um clique! Vejam este vídeo que encontrei com a Adélia Prado. Assistam! Vi também o Manoel de Barros, “amor da minha vida!” Sim, sou passional, e que não gostar que coma mais e fique bem gordo!

sexta-feira, 20 de março de 2009

Aula prática sobre a produção de queijos

Quem quiser saber de uma aula "giríssima" sobre a produção de queijos com miúdos de seis anos, visite www.almanaquedaciencia.blogspot.com.

E a brasileira preparou....




Kibe!


Exxxxcellllenthi!


Enquanto preprava o kibe, ajuada pelo Paulo, era atrapalhada pela Mónica...

Letra do "Parabéns"

...Hoje é dia de festa, cantam as nossas almas...

Língua de sogra



A Mónica caprichou nos preparativos da festa do Seu Manuel: balões, cartaz, camisetas com a imagem do pai e língua de sogra (que aliás não disse a eles que é o nome que damos no Brasil, a esse brinquedinho que sopra e desenrola!). Claro que todo o arranjo não faria graça se não fossem pessoas como o tio da Mónica, cuja performance garante a alegria em qualquer festa! Há uma foto em que se vê os avós da Mónica, fofos! Beijo especial para D.Luísa!

Fabrico caseiro de pão





Comem-se pães em todas as refeições na casa da Mónica, em Castelo Branco. O pão é feito em casa em ação conjunta em que as mulheres da família (nas fotos vemos as mãos da avó e da tia da Mónica) reunem-se e fazem o milagre. Eu tenho uma relação com "o fazer pão" antiga. Gosto do amassar, do sujar-me de farinha, do cheiro de pão pela casa, de ver a massa crescer... E se é assado em um forno, o espetáculo é ainda mais emocionante. A lenha ardendo á espera....A idéia de preparar o próprio alimento me agrada tanto que até uma máquina de fazer pão já tive. A máquina rouba a graça do esforço, mas também perfuma a casa e ao final do processo dá-nos o pão. Sou uma pessoa de rituais.

quinta-feira, 19 de março de 2009

Amigos da concertina!

Já referido em post anterior...O que eu posso dizer? O impacto que essas cenas têm sobre mim, dispensam qualquer elaboração de idéias. Apenas sinto.

Bolo de fubá viajado!






A receita veio do Brasil, foi feito em Portugal e comido na espanha!

terça-feira, 17 de março de 2009

Amigos da Concertina....e a Ana Paula derrete-se....




Deus me ajude a encontrar um caminho que deixe meu coração tão feliz como quando estou junto a um acordeon...Uma orquestra de acordeons então! Sublime! Seu Manuel aparece na foto, foi ele quem conseguiu que executassem mais uma canção "para mim" (é demais, não achama?!). Obrigada Seu Manuel! São os "Amigos da Concertina" (www.amigosdaconcertina.blogspot.com). O professor aparece na primeira e na segunda foto. Fiz um vídeo, logo posto, vou deixar para um dia que meu coração esteja precisando de alegria...

Parabéns Seu Manuel!!!


Seu Manuel fez anos no último dia 12 e ganhou uma festa surpresa (surra as avessas!). A Mónica fez camisteas para toda a família em homenagem ao pai. A comida esteve ótima!Aos pouquinhos vou colocando as fotos e os vídeos de todos e de tudo, aqui um aperitivo da animação: um fado puxado por D.Hilda! Já imaginaram a minha cara de contentamento???

Dicionário falado


Um dicionário luso-brasileiro. Divirtam-se, pois nós nos divertimos muitooooooo!

Amigos




Dar importância aquilo que realmente importa. E o que importa realmente nessa vida? De Portugal levarei muitas saudades, minha alma foi revestida de novos cenários, pelos quais passearei sempre que sentir-me carente de beleza...Mas os amigos que estou a fazer, esse sim foi o bem mias preciso aqui encontrado!


Português e "brasileiro"


Depois de muito treino Mónica e eu gravamos nossa primeira versão dela falando o portugês do Brasil e eu o portugês do Brasil. Somos péssimas! Canastronas! Mas nos divertimos muito!!

Rio Tajo na Espanha, sinos em Cárceres na Espanha, e a aldeia Penha Gracia em Portugal







Blog com problemas. Logo novidades:Espanha, fado, aldeias portuguesas...

quarta-feira, 11 de março de 2009

Espreitadela na muralha do castelo dos mouros, em Sintra



“Vários, como eu sem dúvida, escrevem para não ter mais um rosto. Não me pergunte quem sou e não me diga para permanecer o mesmo: é uma moral do estado civil; ela rege nossos papéis. Que ela nos deixe livre quando se trata de escrever”.

Michel Foucault -As palavras e as coisas
PS: Botem reparo no mar ao fundo....

terça-feira, 10 de março de 2009

Assassinato, o sapo Jão-Saltador, valentia



A primeira vez que li o poema do Mário Quintana "da vez primeira que me assassinaram", era jovem e ainda não havia experimentado as vilezas dos homens. Na época, não fazia sentido pra mim o que o poeta dizia. Se eu ainda desconhecesse o sentido do poema do Quintana, hoje, ao visitar o blog do Dedalus, algumas vezes citado aqui e incitador de idéias das algumas postagens do "pastel", não teria dúvida sobre o que dizia o poema. Eu estou lá, citada como "doutoranda em educação" que escreveu "obcessão" no lugar de "obsessão" no post "Física Quântica para portugês ver". O post em que apareço, com direito a imagem do blog e tudo, é um alerta para o não-hábito de leitura. E eu que passei a tarde na Fnac, namorando os livros, sentada no chão. Comprei dois, um para oferecer de presente e outro para mim, do Mia Couto, que aparece na contracapa dono de um olhar profundo. Talvez se ele (o Mia) tivesse lido o post nem tivesse reparado no meu tropeço, ou se o tivesse o acharia insignificante diante das idéias circunscritas. Não estou dizendo que ele (o Mia) concordaria com as idéias do post, mas imagino que talvez percebesse a intenção de comunicabilidade no texto, e para ele, isso fosse suficiente, como o é para mim. Tento colocar-me no lugar do Dedalus buscando imaginar o percurso das suas idéias ao escrever o post e suas escolhas discursivas. Fomos três jumentos quase doutores citados no blog como cometedores de erros ortográficos imperdoáveis. Eu não sei se ele os conhece, mas conhece a mim, como quem trocou algumas mensagens até então civilizadas e gentis. O desinteresse dos alunos pelos livros é algo que me entristece, mas com a escola e com os professores que aí estão eu consigo compreender o fenômeno. Sei que o conhecimento (conquistado através da leitura e do estudo) pode ser convertido em poder, aparecendo no discurso no uso excessivo de termos técnicos e uma cerimoniosa erudição (e os outros que corram atrás para entender!). Nesse caso, mostrar que você domina um conhecimento no qual o outro é um ignorante é uma forma de intimidação, de fazê-lo calar. Foi como me senti: uma jumenta, que nem sabe escrever, intimidada por quem o sabe. Ser uma pessoa conhecida do autor do blog abria a possibilidade da interlocução, mas ele preferiu outro caminho. Guardadas as devidas proporções lembrou-me uma ação terrorista, em que não há diálogo, e o outro é intimidado pelo poder. Deixo de agir (de dizer, no meu caso) por medo ás retaliações (aos comentários). Se eu tivesse usado o corretor do word não teria sofrido este constrangimento. Vou corrigir o erro no referido post, e a partir de agora, passarei a usar regularmente o corretor de texto.E esquecerei essa história. Não vou sujeitar-me a censura de quem quer que seja, de intimidação. Não tenho medo de assumir minha ignorância e assumo meu erro. Foi triste "logo eu" servir de ilustração para o não-hábito de leitura. Eu que ganhei concurso nacional de poesia com 9 anos de idade, falando do sapo Jão-Saltador! Mas não foi difícil ler o contexto: já fui assassinada de forma mais valente e audaz! Alguns nasceram para saltar da prancha, outros, para espetarem o bumbum do colega....

Quanto mais longe vou, mais estou voltando pra casa...



Em uma das torres do palácio da Quinta da Regaleira...Eu comigo mesma, plena, em paz.


"... quanto mais longe vou, mais estou voltando para casa."

Cora Coralina

segunda-feira, 9 de março de 2009

Batgirl no Museu do Brinquedo







O Museu do Brinquedo em Sintra é uma graça. São 3 andares com coleções de brinquedos de todas as épocas. Os primeiros ursinhos de pelúcia da história nessa altura do campeonato estão um horror, quase sem escalpo! Muitos carrinhos, tanques e artilharia de guerra, aviões, trenzinhos...Gostei bastante do bombeiro á corda (foto) que sobia uma escada para salvamento! Mas, encantada fiquei com o último andar, o andar das bonecas e suas casinhas, roupinhas, malinhas, ai, ai! Difícil para as crianças, tanta sedução para além do vidro. Ficam frustradas!



Sintra







Estive em Sintra por uns dias. Se fosse residente em Lisboa esse seria um passeio que não sairia da minha agenda, um espécie de refúgio de recuperação. Fiquei em um residência confortável, com decoração simples e esteticamente acolhedora para o olhar. A cidade tem uma lista grande de pontos turísticos para serem visitados, mas só um passeio pelo lugar já revela muito do que pode ser visto em Sintra. Incomodou-me muito a horda de turistas mal educados. Falam alto, empurram, fazem comentários pouco gentis sobre os portugueses, cospem chiclete em parque naturais e riem-se disso em espanhol, inglês e alemão. Meu passeio preferido foi a Quinta da Regaleira, devo voltar lá antes de ir-me embora. Falarei do lugar a seguir.



Quinta da Regaleira







Não é possível ver a Quinta da Regaleira em um dia. Os moradores de Sintra a chamam de Quinta do Monteiro dos Milhões. Monteiro foi o dono da quinta que a transformou no que ela é hoje. Monteiro é sobrenome da minha avó e não me sinto boba em dizer que senti-me em casa ali. Os guias turísticos descrevem a quinta como refúgio iniciático. O Monteiro era um homem letrado e interessado em ciência, há inclusive no palácio um laboratório de alquimia. Na casa há referência aos reis de Portugal (pintados em um dos tetos) e em um dos jardins há uma carreira de estátuas dos deuses....Até o deus Pan com sua flautinha e cachos aparece. Mas extamente o que a Ana Paula AMOU nesse lugar. Pois bem, o lugar me dá vontade de correr, dá um desejo de liberdade e exploração! São inúmeras passagens no melhor estilo passagens secretas, túneis que ligam o jardim á casa, a capelaacasa, ás muitas torres! As torres, nas quais se chega subindo escadinhas em parafuso, oferecem-nos vistas de tirar o fôlego. O Monteiro contratou para a construção da quinta um arquiteto-cenógrafo que ralizou 300 desenhos para a realização da obra. Há muita água e som de água correndo. Grutas, lagos, fontes....E árvores, muitas, um jardim que é uma floresta. Linda.



Quinta da Regaleira, trem, Palácio Nacional, Sequóias na Pena